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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Que saudades de gritar golo!

Ontem realizámos o primeiro jogo oficial desta nova época, e sobre ele penso que se quisermos falar de coisas positivas devemos fazer um fast-foward até a meados do minuto 55. Até esse minuto assitiu-se a um Benfica com muito espaço entre os jogadores, poucas soluções de passe e pouca imaginação no ataque, o que levava a algum individualismo e incoerência. O facto da táctica utilizada pelo Benfica necessitar de constantes subidas dos laterais e de apoio constante de Aimar ao portador da bola foi preponderante para este mau jogo, dado que isto raramente aconteceu. É importante também dizer que esta equipa turca faz do jogo defensivo o seu ponto forte, algo que foi conseguindo confirmar galvanizando-se a cada jogada cortada e/ou erro do nosso ainda 'verde' ataque, para além de explorar sempre que podia o jogo directo para as costas da nossa defesa, que jogando adiantada ia-se pondo a jeito de algum dissabor, de modo que a tarefa não era fácil para os nossos.

Até ao minuto 55, o principal foco de início de ataque tinha vindo a ser os passes a rasgar do Garay, a partir daí o foco foi outro, Nolito entrou e deu dinamite e progressão ao ataque do Benfica, com combinações constantes com Saviola e Aimar, tendo este último com a entrada do espanhol, subido de rendimento. Foi então com alguma naturalidade, sorte e justiça que chegámos ao golo e a partir daí crescemos e com outras duas substituições acertadas confimamos o nosso domínio com outro golo, este de belo efeito, do Nico, que até aí vinha a passar ao lado do jogo.

Bolas paradas:

As nossas! Perdiamos a bola numa marcação de um canto ou livre à entrada da área adversária, os turcos rapidamente lançavam o contra ataque e em duas ou mais vezes, entre a bola e o Artur estava apenas Emerson, sendo que uma dessas vezes este estava sozinho contra três adversários, não percebo muito, mas acho isto demasiado arriscado.

Menções honrosas:

Artur: Olho para ele e sinto-me Zen, tranquilo, uma calma quase medicada. Não me lembro da última vez que me senti assim com um guarda redes do Benfica. Foi muito importante.

Luisão: Não deu seguimento ao seu reprovável comportamento fora de campo, rubricando uma valerosa exibição. É dele um corte fortuito a um passe que levava selo de golo, para não falar das inúmeras vezes que desarmou o avançado turco, enfim, mesma qualidade e entrega de sempre.

Saviola: Correu muito e quase o jogo inteiro, tanto que o seu nome está em quase todas as jogadas de perigo criadas durante o jogo todo, com a excepção do segundo golo, altura em que já se arrastava. Combinou muito bem com Nolito e com o parceiro habitual no toca e foge. Pelo meio, ainda compensou preguicites de Gaitán vindo à defesa tapar o buraco deixado por este enquanto o Tranbzorspor subia com perigo. Para mim foi o melhor, estará de volta o grande artista?

Nolito: Pura raça e sentido de oportunidade, dinamizou o jogo mais e melhor do que Enzo e Gaitán, foi o despertador que a equipa estava a precisar. Não entendi as palavras do treinador para com ele no fim do jogo, não me lembro, de algum excesso de individualismo do espanhol, o que vi foi jogo de toque curto, simples e em desmarcação, concerteza Jesus confundiu-o com Gaitán...

Maxi: Não fez grande jogo, mas só pela atitude merece a honra de aqui estar. Renovem com ele, ontem!

Witsel: Parece-me de uma ordem natural que mais cedo ou mais tarde será indiscutível na equipa, fechou muito bem ao lado de Javi, não se coibindo de subir para ajudar no ataque sempre com muito critério e inteligência. O futuro é dele.

Menção desonrosa:

O árbitro: Contei 4 mãos na bola ao longo do jogo todo, nenhuma foi assinalada, (ao menos manteve o mau critério até ao fim) a mais escandalosa é a que ocorre dentro da área do Tranbzorspor, um penáltie macroscópico do qual fez vista grossa.

Bruno Prata da RTPn: É uma besta, nem falar sabe e diz-se jornalista e comentador desportivo, deve ter tirado o curso na universidade do amigo Zé... Está lá para as encomendas de Contumil, como quase todos os outros.

Para finalizar:

A primeira parte está ganha, com um pouco de sorte, correu quase tudo bem, e finalmente festejei um golo com a alegria de antigamente! Agora venha daí esse fervoroso ambiente turco, jogo muito complicado se o quisermos complicar.

1 comentário:

Greg disse...

O melhor disto tudo foi mesmo festejar um golo a sério. Que saudades. Temos tudo para passar, sejamos coerentes e humildes na Turquia.