Foram vinte minutos de gala que, em termos emotivos, nada ficaram a dever a muitos jogos, clássicos, dérbies que se assistem por essa Europa fora. Não acho que tenha sido particularmente bem jogado em termos artísticos de parte a parte, mas foi muito disputado.
De um lado o adversário atamancava a construção do Benfica, obrigando-o a despejar muitas bolas no Cardozo e, quando esse mesmo adversário tinha a bola, apesar da boa construção de jogo, na hora de definir, tudo transformava em jogadas pífias.
Do outro lado, o Benfica, como equipa de ataque que precisa de ter a bola para dar expressão ao seu futebol, não a tinha, muito por culpa da boa estratégia do adversário juntamente com a falta de inspiração de alguns jogadores e, assim, pouco criou.
Desde cedo se via que a estratégia do Benfica teria de passar por defender bem e esperar por uma oportunidade que eventualmente criasse. Quem não tem cão caça como gato. Essa, a oportunidade, eventualmente apareceu mas Cardozo, ontem, não quis ser herói.
De positivo destaco a reacção da equipa imediatamente após aos dois golos sofridos, o grande golo e grande exibição de Matic, que ontem jogou sozinho naquele meio campo, a dupla de centrais que esteve bem depois do abanão inicial e Gaitán, que enquanto teve pulmão foi o principal agitador da nossa parte.
De negativo o resultado, a exibição do Enzo e do Lima, completamente engolidos pelo meio campo adversário, o erro infantil do Artur e o facto de não termos ganho nenhum jogo grande de campeonato em casa esta época. Mau.
Seguem-se três jogos essenciais na definição desta época, todos fora de casa. Primeiro a Académica para a Taça de Portugal, depois o Moreirense para fechar a primeira volta e por último uma visita ao Braga para abrir a segunda. Teremos estofo?
